quarta-feira, 31 de julho de 2019

Paraty

Paraty foi descoberta por metade de mim
A outra metade, intuía e já sabia que Paraty existia
Num futuro próximo, Paraty se revelou
E se tornou um paraíso anárquico
Liberto pelo intelecto e pela emoção
Das amarras e grilhões que cercam os corações
Voltando ao seu estado natural e real
Uma utopia 
cheia e vazia
liberta da tirania





sexta-feira, 19 de julho de 2019

Extinção

Ela o deixou,
passou, abandonou
E foi como se não existisse
Gametas não se encontraram
O cometa errou o planeta
Tudo ficou em paz
Sem escombros, poeira
Somente uma lápide:
"Aqui Jazz"






sexta-feira, 5 de julho de 2019

Carrascoza


Meu primeiro contato com João Anzanello Carrascoza se deu em um programa de Tv. Me chamou a atenção pela serenidade e elegância. Quando tive a oportunidade de ter em mãos um de seus livros (Diário das Coincidências), descobri uma escrita também elegante e saborosa. Me ocorre a comparação com um delicioso sorvete, talvez por ser uma das minha sobremesas favoritas, já nas primeiras páginas somos agarrados por uma prosa quase poética que deixa a sensação nos olhos, semelhante ao da massa que, aos poucos, derrete na boca, revelando seus doces e sabores. Seus temas não são propriamente alegres e festivos, mesmo assim, perdas, desencontros e solidão são cobertos com caramelo, tornando-os mais palatáveis. Assim, vamos degustando as palavras e só lamentamos quando nos aproximamos do final. Se você ainda não provou, quer dizer, leu, aproveite e deleite-se.