Toda vez que
me disponho a escrever sobre uma obra, não tenho a pretensão de fazer uma
análise crítica, no sentido mais restrito, muito menos negativa, não perco meu
tempo depreciando o trabalho que não teria competência para fazê-lo.
Portanto o que apresento aqui sobre o filme “Eduardo e Mônica" vem
carregado de emoções e sentimentos que afloraram após 36 anos. Eu já era mais
velho que o personagem do Renato, mas compartilhava com ele a leve brisa com
frescor de liberdade que soprava logo em seguida a eleição do Tancredo. Vivia,
também, um grande amor e a promessa de que seria pra sempre. Já não andava de
magrela, mas pilotava uma moto, não tão estilosa quanto a da Mônica.
Frequentava as danceterias e curtia a trilha sonora do filme, principalmente
Legião, o que faço até hoje. Já lia poesia e muita literatura, mas vez ou outra
ficava de recuperação como o Eduardo. Nunca aprendi a falar inglês, muito menos
alemão, mas passei duas horas com água nos olhos revivendo uma ótima parte da
minha vida ao acompanhar a improvável história de amor dessa dupla eternizada
na canção da Legião. E é isso que o filme me apresentou: a aceitação do
diferente, o amor improvável que dá sentido à vida. Uma produção competente,
rica nos detalhes, boas atuações que nos entrega um final feliz, tão necessário
em tempos tão sombrios e de tanta desesperança.
Este espaço foi criado para expressar opiniões sobre filosofia, cinema, poesia, literatura, fotografia, viagens e outros tantos assuntos que me interessam... eventualmente atualizado. Caso sinta-se estimulado por algum assunto, post ou imagem, comente, participe, ficarei muito satisfeito. Abraços
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
Eduardo e Mônica
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