Algum tempo atrás, assisti no Cine Com-Tour o excelente filme de Alan Resnais, que aos 91 anos continua produzindo. O filme foi feito no ano passado e é surpreendente pois subverte o formato (será um filme que fala sobre uma peça de teatro que apresenta outra peça... será um filme?), subverte o tempo ( passado, presente, futuro ocorrendo simultaneamente), subverte o espaço (pois nos leva para vários lugares e ações simultâneas) e finamente subverte a morte ( ai vocês tem que assistir..."Orfeu e Eurídice"). Com direção sensível e atores poderosos somos levados a conhecer o mito de Orfeu e Eurídice de uma nova ótica. É fascinante que um diretor de mais de 90 anos continue produzindo uma obra de tal relevância e frescor em meio a tanta mesmice. Uma boa dica para quem gosta de teatro e melhor ainda para que curte bons filmes.
Este espaço foi criado para expressar opiniões sobre filosofia, cinema, poesia, literatura, fotografia, viagens e outros tantos assuntos que me interessam... eventualmente atualizado. Caso sinta-se estimulado por algum assunto, post ou imagem, comente, participe, ficarei muito satisfeito. Abraços
sábado, 30 de novembro de 2013
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Autonomia e Gravidade
Não sei se sincronicidade (conceito Junguiano) existe mas
ultimamente tenho tido motivos para acreditar que sim. Tantas coincidências tem
me ocorrido que é quase impossível ser mero acaso. Talvez já estivessem
acontecendo, mas não estivesse desperto para percebê-las. A última ocorreu hoje.
Conversando com um colega comentei sobre um dos textos mais famosos de Kant (Resposta à Pergunta:
Que é esclarecimento), o que me levou a lê-lo novamente. Em seguida, recebi
um e-mail de um terapeuta que escreve em um blog que costumo visitar e o texto
(Ilusão e fumaça) tratava do
mesmo assunto (autonomia). Mais tarde fui ao cinema, um dos meus hobbys
preferidos, para relaxar depois de longo dia. Ai começa a viagem: escolhi, em
razão do horário e da sala em que estava passando, o filme "Gravidade" de
Alfonso Cuarón ("Labirinto do Fauno" onde é um dos produtores junto a Guillermo del Toro ). Saí do cinema
impressionado, não só pela boa direção e atuação dos atores (os manjados Sandra
Bullock e George Clooney), mas pela mensagem subliminar que, acredito, captei
nas entrelinhas da narrativa, diga-se de passagem, tensa e diferenciada
escolhida pelo diretor. Será "coisa da minha cabeça"? Não sei. Estarei encontrando justificativas
para ligar os três episódios? O fato é que a personagem principal padece de um
trauma causado pela morte prematura de uma filha (de uma forma estúpida) que,
possivelmente, é razão por trás da escolha em fazer parte da missão a que se
submeteu, já que fica claro que não morre de amores pelo espaço (ao contrario
de seu parceiro, Clooney) e seu desconforto é visível. Durante toda a história,
ela é posta a prova em situação de absoluto risco mas na primeira parte sua
segurança fica a cargo do companheiro de missão, que parece adaptado ao
ambiente, cabendo a Ryan(personagem de Bullock), ser arrasta pelo espaço, que entrega seu destino e as decisões a outro. Em determinado momento, sofre
mais uma perda, e agora se vê completamente sozinha, tendo que se responsabilizar
por todas as decisões e por sua sobrevivência. Passa inclusive,
metaforicamente, por uma espécie de forja onde é literalmente
"temperada" e, de um útero de aço, sai para o mar de onde renasce e
começa a andar com as próprias pernas,
passos trôpegos é verdade, mas na direção que ela escolheu (autônoma). Boa
viagem...
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Ramilongando...
Saí de casa para fugir da solidão.
Fiquei só, longe de todos que amava, ou não...
Como pode sentir-se só em meio a tantos?
Divagações "Bishopianas" ou "Raminianas".
Seria o frio de Nova York o mesmo que faz refletir
sobre a solidão em Satolep?
Fiquei só, longe de todos que amava, ou não...
Como pode sentir-se só em meio a tantos?
Divagações "Bishopianas" ou "Raminianas".
Seria o frio de Nova York o mesmo que faz refletir
sobre a solidão em Satolep?
domingo, 24 de novembro de 2013
Florbela
A tristeza é como um charco,
quanto mais você se debate,
mais afunda.
Aproveite este tempo e reflita, repense,
observe, aguarde serenamente.
Quando menos esperar,
estará rodeado de lírios, ninfeias e lótus,
que brotaram do fundo do lodo.
sábado, 23 de novembro de 2013
Estética
A beleza da Filosofia está em que nenhuma teoria pode estar totalmente fechada, sempre existe uma brecha, uma fissura, uma fresta por onde pode surgir uma nova ideia. Se assim não for, não mais se trata de exercício filosófico, assim nascem os dogmas...
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