O assunto do momento é Copa do
Mundo. E o que isso tem haver com filosofia? Talvez o fato da Grécia estar
classificada para as oitavas de final...
Mas outros fatos chamam a
atenção. Já na primeira partida houve um lance onde o juiz foi induzido ao erro
pela simulação de um dos jogadores brasileiros. Certo, trata-se de uma partida
de futebol e "isso faz parte do jogo", mas a relevância aumenta
quando isso é transmitido para o planeta inteiro e o comentário dos
especialistas exalta a atitude como um ato de esperteza.
Em outra partida um jogador, em
um momento de desequilíbrio emocional, aplica uma mordida no ombro do adversário.
Ação injustificável, mas, considerando nossa condição humana, compreensível. O que
é difícil de aceitar é que o chefe da nação a qual o jogador
"mordedor" representa trata-lo como um herói nacional. Afinal seu ato
pode ter comprometido o futuro da sua equipe, além de ser repreensível.
Culturalmente a mensagem que fica
é: quando algo importante está em jogo, qualquer artifício é válido para
vencer. Pela força das imagens e pelo calor das emoções, subliminarmente
passamos a aceitar tais atitudes. Posteriormente recorremos ao exemplo quando
necessitamos justificar-nos em uma situação parecida, isto é, de disputa.
Tudo bem, trata-se apenas de uma
partida de futebol e nenhuma vida está em risco. Mas o exemplo permanece.
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