Era uma sardinha e vivia no meio de outras sardinhas. Isto a
incomodava. Desejava uma identidade. Por isso, sempre que podia, procurava um
lugar solitário para meditar. Esse comportamento era criticado pelo cardume. As
outras sardinhas não entendiam, gritavam, -Volta pro cardume, aqui estamos
seguras. Um dia, numa dessas escapadelas, chegou perto a superfície da
água, olhou maravilhado para todo aquele brilho e azuis diferentes. Neste
momento uma gaivota o avistou, mergulhando o apanhou. Por alguns segundos,
Fernão não se deu conta do que acontecia, tão maravilhado com o que via. Lá de
cima notou a mancha escura que formava o cardume, todos como um, uma forma só. Agora se sentia diferente, na
barriga da Gaivota.
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