sábado, 15 de março de 2014

London, Londrina

Giselle é um ballet essencialmente clássico, baseado em uma história romântica, recheado de maldições, espectros e amores impossíveis. Giselle a personagem titulo, vivida no palco por pela fantástica Natalia Osipova, é uma camponesa de uma inocência cândida, que é enganada e se apaixona por Albrecht (Carlos Acosta), nobre que se faz passar por camponês. Ao descobrir a farsa e que seu amado esta compromissado com outra, esta também de linhagem nobre, não suporta e morre, fim do primeiro ato.
No segundo ato,  Albrecht descobre-se verdadeiramente apaixonado por Giselle e arrependido de te-la enganado. Ao visitar o túmulo da amada no ceio da floresta acaba por cair vítima das Willis, espíritos vingativos das moças que morreram antes de se casar(?), que levam suas vítimas a morrer de exaustão. Neste momento o espírito de Giselle reaparece e perdoa seu amado salvando-o da morte.
É um ótimo espetáculo, principalmente por representar a essência do ballet e exigir apurada técnica dos bailarinos, mas o mais surpreendente talvez seja, em uma produção britânica (The Royal Ballet) encontrar uma primeira bailarina russa, um protagonista cubano e um corpo de baile com bailarinos de todos os cantos do mundo e das mais variadas etnias reapresentando um ballet que foi montado pela primeira vez em Paris, no ano de 1840, e ainda, podermos assistir ao espetáculo em uma cidade do interior do Brasil, simultaneamente aos espectadores do Royal Opera House.
 O que leva a questão: o que Adorno e Benjamin achariam disso? 


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