Lava incandescente
escorre por seus
alvos ombros.
Este espaço foi criado para expressar opiniões sobre filosofia, cinema, poesia, literatura, fotografia, viagens e outros tantos assuntos que me interessam... eventualmente atualizado. Caso sinta-se estimulado por algum assunto, post ou imagem, comente, participe, ficarei muito satisfeito. Abraços
quinta-feira, 20 de março de 2014
sábado, 15 de março de 2014
London, Londrina
Giselle é um ballet essencialmente clássico, baseado em uma história romântica, recheado de maldições, espectros e amores impossíveis. Giselle a personagem titulo, vivida no palco por pela fantástica Natalia Osipova, é uma camponesa de uma inocência cândida, que é enganada e se apaixona por Albrecht (Carlos Acosta), nobre que se faz passar por camponês. Ao descobrir a farsa e que seu amado esta compromissado com outra, esta também de linhagem nobre, não suporta e morre, fim do primeiro ato.
No segundo ato, Albrecht descobre-se verdadeiramente apaixonado por Giselle e arrependido de te-la enganado. Ao visitar o túmulo da amada no ceio da floresta acaba por cair vítima das Willis, espíritos vingativos das moças que morreram antes de se casar(?), que levam suas vítimas a morrer de exaustão. Neste momento o espírito de Giselle reaparece e perdoa seu amado salvando-o da morte.
No segundo ato, Albrecht descobre-se verdadeiramente apaixonado por Giselle e arrependido de te-la enganado. Ao visitar o túmulo da amada no ceio da floresta acaba por cair vítima das Willis, espíritos vingativos das moças que morreram antes de se casar(?), que levam suas vítimas a morrer de exaustão. Neste momento o espírito de Giselle reaparece e perdoa seu amado salvando-o da morte.
É um ótimo espetáculo, principalmente por representar a essência do ballet e exigir apurada técnica dos bailarinos, mas o mais surpreendente talvez seja, em uma produção britânica (The Royal Ballet) encontrar uma primeira bailarina russa, um protagonista cubano e um corpo de baile com bailarinos de todos os cantos do mundo e das mais variadas etnias reapresentando um ballet que foi montado pela primeira vez em Paris, no ano de 1840, e ainda, podermos assistir ao espetáculo em uma cidade do interior do Brasil, simultaneamente aos espectadores do Royal Opera House.
quinta-feira, 13 de março de 2014
domingo, 9 de março de 2014
"O Perfume" e as Relações Afetivas
No
filme "O Perfume, A História de um Assassino", dirigido por Ton Tykwer e baseado no romance homônimo do alemão Patrick Süskind, Jean-Baptiste
Grenouille nasce em meio à confusão generalizada de um mercado de peixe na
França pré-revolução, sendo imediatamente rejeitado pela mãe e deixado para
morrer entre vísceras putrefatas.
Não
era a primeira vez que ela assim procedia. Outros bebês já haviam sido jogados ao
rio em meio à sujeira do mercado. Mas Jean-Baptiste resolve agarrar-se à vida
e, assim, condena sua mãe à morte. Começo inusitado que nos leva por uma
história não menos inusitada.
Jean-Baptiste
tem algumas particularidades, não exala cheiro mas consegue distinguir
distintamente propriedades de todos os aromas que percebe. Assim passa a se
relacionar com o mundo através de sua fantástica sensibilidade olfativa. Quando descobre que
pode manipular os aromas e com isso afetar as pessoas, torna-se obcecado por encontrar
uma essência que poderá lhe proporcionar o controle sobre o mundo que o cerca.
A
psicóloga e professora Raphaële Miljkovitch, em seu livro "Os Fundamentos da Relação Afetiva", explora a tese de Blowbly e apresenta pesquisa de
campo onde reafirma a importância do primeiro contato afetivo do bebê com os
pais, ou com outro que lhe seja responsável, a quem ela chama de "objeto de apego" e que acaba por influenciar potencialmente os relacionamentos
futuros do indivíduo. A tese reforça a história de Jean-Baptiste. A imediata rejeição
por parte da mãe, seu "objeto de apego" e as rejeições posteriores,
pois as pessoas sentem-se incomodadas por ele não exalar cheiro, parecem
conduzir o destino do personagem que, levado por sua obsessão não consegue resistir
a seus impulsos, assassinando mulheres e animais como se colhesse flores. Às
vezes com a mesma delicadeza.
É
estranho, mas fica difícil sentir raiva de Jean-Batiste, interpretado com excelência por Ben Whishaw, parece não
haver maldade em seus atos, simplesmente uma curiosidade obstinada e apática em
encontrar sua essência.
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Latência
Tenho coisas pra fazer,
mas não as encontro;
não estão onde deveriam.
Onde procurar?
Mente, coração?
Segredos...
Latentes ficarão.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Übermensch
True detective e o Super Homem ou Além-Homem
Rust Cohle (Mattthew McConaughey) é um
detetive que passa a atuar em uma pequena comunidade do interior do estado da
Louisiana. Traz em sua bagagem uma infinidade de problemas e traumas que reluta
em dividir, preferindo uma vida reclusa, quase monástica, ao convívio social.
Sua adaptação é dificultada por um temperamento forte e o hábito de
dizer exatamente o pensa, quase sem filtros, o que acaba causando mal-estar nas
pessoas com quem convive. Em suas próprias palavras: "sou uma pessoa
difícil de conviver, posso ser muito crítico, não que eu faça isso por
querer."
Ao longo da história descobrimos que ele teve uma
filha chamada "Sophia" que morreu prematuramente e aparece como pivô
dos problemas subsequentes envolvendo a esposa e o trabalho. Já recuperado e
vivendo espartanamente em uma casa que abriga, quase que exclusivamente sua obsessão, seu trabalho, esforça-se para manter um mínimo de interação social, principalmente com seu parceiro Martin Hart (Woody Harrelson) e sua
família, não sem demonstrar desconforto. Tudo acontece enquanto caça um
serial-killer que tem agido durante muito tempo assassinando moças ritualisticamente.
O que afasta o detetive Rust do estereótipo nietzschiano é sua dependência por drogas, dos mais variados tipos. Mas na
maioria dos aspectos, parece um homem capaz de viver "apesar da
sociedade", não com um olhar de superioridade, mas de observador apático, niilista (não no sentido nitzschiniano), que tenta manter-se afastado para ter uma visão mais ampla, pretendendo,
talvez, encontrar uma saída, já que ele mesmo afirma não ter "instintos
suicidas".
Dessa forma parece compreender melhor a mente
criminosa e, até mesmo, manipular bandidos levando-os a confessar seus crimes
como forma de expiação.
Há algum tempo não apareciam personagens tão ricos e interessantes, apoiados por ótimos atores, uma direção excelente e diálogos inteligentes transformando o que poderia ser mais uma série boba de tv em um
bom motivo para reflexão.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Inanimados
O vento dá vida ao pano.
Seda, cabraia ou algodão,
bandeira, biruta ou pano de chão.
Que mágica faria um tapete voar?
Talvez um furacão...
Seda, cabraia ou algodão,
bandeira, biruta ou pano de chão.
Que mágica faria um tapete voar?
Talvez um furacão...
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