Este espaço foi criado para expressar opiniões sobre filosofia, cinema, poesia, literatura, fotografia, viagens e outros tantos assuntos que me interessam... eventualmente atualizado. Caso sinta-se estimulado por algum assunto, post ou imagem, comente, participe, ficarei muito satisfeito. Abraços
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Fome
Carne tenra, macia
convida a cravar os dentes,
suave mente, pois
a fome à matar,
não é do corpo,
e sim da mente.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos
The irony of watching a movie about greed and how power corrupts, made by a corrupt director that took a oliphant-sized dump on everything he once stood for. Peter Jackson, you said that you love Tolkien's legacy, but clearly you love money more.
From decapitated uruks shedding no blood to lower the rating of the movie to shoehorning a scene that could only be written by a teenager, whom only experienced the story from the horrible video games, probably the same genius that designed the most of the "special" troops that can only be described as mid bosses from a video game.
You managed to make an militia of fishermen fight against an army of armored uruk hai and kill trolls like they are made of paper-mache.
You made a dwarf not only ride a armored pig into war, you also made said dwarf headbutt helmeted uruk hai.
You made a battle so long that the touching ending tastes bland.
You spat on everything that Ewoyn is by making fisherman wives fight.
Hell, you even put a Asian actor in a world based on Medieval Europe just to appease some sort of bullshit quota.
I'm not even going to talk about the big issues, I went to see your movie accepting that it wasn't an adaptation of The Hobbit. It was the details that you either overlooked or butcher made the movie painful to watch.
Congratulations, you made the first movie that made me fell bad by watching, I just wanted it to end. Now I have to write this rant to quell my mind.
Fuck you, you money-grabbing neckbeard, you made Tolkien's legacy into the new Star Wars
Pablo K. Fernandes
* Em princípio este era para ser um blog pessoal, mas resolvi abri-lo para quem tiver alguma publicação interessante e relevante.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Moinho
Tenho
esquecido, mais que aprendido;
tenho criado, mais que lembrado.
À tona veio
um guri,
perdido
estava a muito.
Tem tomado sorvete
e feito
bagunça.
Mas ainda é tímido,
aparece
quando estou sozinho.
Me abandona
quando
estou no
moinho.quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Live and Let Live
Todos temos sonhos, grandes ou pequenos, e alguns são difíceis de realizar. As vezes por não termos tempo ou dinheiro, ou ainda, por dependerem de fatores que não estão em nossas mãos.
Eu tenho um baú. Um baú imaginário. Nele venho guardando vários sonhos e projetos que, ou estão amadurecendo ou apenas pegando poeira. Mas, volta e meia, consigo sacar um deles do baú. Quando isto acontece, nem sempre a realização é tão satisfatória quanto a imaginei. Mas algumas vezes, ele corresponde perfeitamente a imaginação ou até a supera. No último domingo, retirei um dos que estava mais no fundo, gasto, arranhado e empoeirado. Mas a espera mostrou-se compensadora. Durante três horas tive o privilégio, junto com outras 45000 pessoas, de assistir o ex Beatles Paul McCartney interpretar canções de uma carreira de mais de cinquenta anos. Mesmo de baixo de chuva, que atingia parte dos fãs. Ninguém reclamou por ter que ficar até o fim dos dois bis que Sir James Paul McCartney foi obrigado a executar.
Valeu pela companhia Larissa e Janice (autora do vídeo).
De quebra ainda conheci novas pessoas. Abraços a Bruna de Curitiba e ao Arthur de Campo Grande.
Eu tenho um baú. Um baú imaginário. Nele venho guardando vários sonhos e projetos que, ou estão amadurecendo ou apenas pegando poeira. Mas, volta e meia, consigo sacar um deles do baú. Quando isto acontece, nem sempre a realização é tão satisfatória quanto a imaginei. Mas algumas vezes, ele corresponde perfeitamente a imaginação ou até a supera. No último domingo, retirei um dos que estava mais no fundo, gasto, arranhado e empoeirado. Mas a espera mostrou-se compensadora. Durante três horas tive o privilégio, junto com outras 45000 pessoas, de assistir o ex Beatles Paul McCartney interpretar canções de uma carreira de mais de cinquenta anos. Mesmo de baixo de chuva, que atingia parte dos fãs. Ninguém reclamou por ter que ficar até o fim dos dois bis que Sir James Paul McCartney foi obrigado a executar.
Valeu pela companhia Larissa e Janice (autora do vídeo).
De quebra ainda conheci novas pessoas. Abraços a Bruna de Curitiba e ao Arthur de Campo Grande.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
sábado, 1 de novembro de 2014
O Doce Sabor da Decepção
Como foi difícil livrar-me de ti.
Como tatuagem, psoríase, lepra.
Como foi difícil livrar-me de ti.
Entranhada em meus pelos,
embaixo das unhas,
sob a minha pele.
Sabão de enxofre,
antisséptico bucal,
creolina, clorofina,
solvente, terebentina,
muito banho com bucha.
Ah, como foi difícil...
Como tatuagem, psoríase, lepra.
Como foi difícil livrar-me de ti.
Entranhada em meus pelos,
embaixo das unhas,
sob a minha pele.
Sabão de enxofre,
antisséptico bucal,
creolina, clorofina,
solvente, terebentina,
muito banho com bucha.
Ah, como foi difícil...
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Short History
Clóvis acabara mais uma
refeição solitária no restaurante chinês da esquina. Como de costume pediu um
chá de jasmim e um biscoito da sorte.
Tomou um gole do chá e abriu a embalagem do biscoito. Notou que
estava diferente, o fornecedor devia ser novo. Antes a embalagem era um
envelope plástico parecido com os saquinhos de mostarda e ketchup. Este vinha
embrulhado em papel de seda, amarrado com uma fina fita dourada. Muito mais
simpático. Devia ter algo a ver com a atitude ecologicamente correta.
Ao abrir o biscoito notou um
leve flash de luz. Atribuiu ao reflexo da luz na pequena tira de papel que
estava no interior do biscoito.
Para sua surpresa a
inscrição da pequena tira de papel nada tinha em comum com as frases manjadas
que costumavam vir nas vezes anteriores. Nem mesmo as seis dezenas grafadas no
verso do papel, como palpite para jogar na mega, estavam lá.
Dizia simplesmente:
"Faça um pedido e ele se realizará".
Achou aquilo estranho mas
resolveu levar na brincadeira.
Já fazia um bom tempo que
havia se divorciado e já estava ficando cansado de ficar só, mas não encontrava
ninguém que lhe despertasse a atenção. Nos encontros o interesse pelo par
raramente resistia ao segundo chopp.
Resolveu pedir: "gostaria
de voltar a amar e encontrar alguém que me ame".
Pediu a conta e guardou o
papelzinho no bolso por hábito. Pagou e deixo um pequeno agrado para o garçom,
que já o tratava como amigo.
Dirigiu-se à porta, mas teve
que esperar por um casal que passava a sua frente.
Ao chegar a calçada percebeu
que o homem havia deixado cair a carteira. Imediatamente apanho-a
e chamou-o.
O casal deu meia-volta e os
olhos de Clóvis encontraram com os de Samanta.
Ele ficou sem fala, ela era
linda, tinha os olhos de um azul violeta, ou era efeito das lâmpadas de vapor
de mercúrio, pernas torneadas e uma saia curta sem chegar a ser vulgar, saltos
altos e muito finos.
Voltou a si com a mão de Renato
em seu ombro. Se ele notou sua confusão, não demonstrou.
Clóvis gaguejou: Tua
carteira, deve ter caído...
Renato agradeceu, apanho a
carteira, apresentou-se e apresentou Samanta.
O nome nunca mais sairia da
sua cabeça.
Renato fez questão de
retribuir. Convido-o para um happy hour no dia seguinte, por sua conta. Clóvis,
interessado em não perder o contato com Samanta, aceitou.
Ele ainda segurava a mão de
Samanta, prorrogando o cumprimento com a
conivência dela, mais por displicência e indiferença, do que por interesse.
No dia seguinte, conforme
combinado, encontraram-se e ele teve que admitir que Renato era espirituoso e
agradável. Combinaram outros encontros e até um jantar no apartamento de
Renato.
Oportunidade que Clóvis
secretamente desejava. Sentia-se um canalha, mas o que fazer? Desejava
desesperadamente a mulher do amigo.
Durante o jantar, fez o que
pode para chamar a atenção de Samanta. Mas ela parecia desinteressada nos assuntos
do marido e do amigo. Não foi mais do que formalmente gentil e quando teve a
chance, retirou-se deixando os dois a conversar.
Mesmo assim manteve a
amizade com Renato na esperança de que, em algum momento, algo mudasse ou
encontrasse uma maneira de declarar-se para ela.
Vários foram os encontros,
mas a situação permanecia a mesma.
Já estava desanimado, mas,
ao mesmo tempo, a amizade com Renato ficava cada dia mais sólida.
Em uma tarde quente, Renato
liga para Clóvis e o intima a encontrar-se com ele após o trabalho. Tinha
tomado uma decisão queria a opinião do amigo.
Encontraram-se no mesmo bar
de sempre. Renato pediu dois chopps e com um ar constrangido falou que estava
separando-se de Samanta. Seu casamento já não andava bem das pernas a algum
tempo.
Clóvis sentiu um misto de
tristeza e alegria. Teria uma chance com Samanta agora?
Para manter a conversa,
Clóvis pergunta-lhe a razão de ter tomado a decisão naquele momento.
Renado diz que apaixonou-se
por outra pessoa.
Olha nos olhos do amigo e
pega-lhe a mão.
(Este foi meu primeiro conto)
domingo, 19 de outubro de 2014
Ponce de León
Tu és jovem e linda,
tens viço e ternura.
Eu, cansado, um pouco amargo.
Trago calos e cicatrizes,
magoas e muitas dores,
marcas de muitos matizes.
Beber em tua fonte me revigora,
mas o que terás em troca?
Cântaro seco,
ou vinho azedo?
tens viço e ternura.
Eu, cansado, um pouco amargo.
Trago calos e cicatrizes,
magoas e muitas dores,
marcas de muitos matizes.
Beber em tua fonte me revigora,
mas o que terás em troca?
Cântaro seco,
ou vinho azedo?
domingo, 5 de outubro de 2014
A Paixão e a perda da Autonomia
É interessante observar um casal
apaixonado. A forma como abdicam da própria autonomia em prol da vontade do
outro impressiona quem não está sob o efeito desta droga formidável.
Kant responsabiliza a preguiça e a covardia pela
submissão da vontade do indivíduo. Não se ateve a este caso em que,
voluntariamente, este entrega a direção da sua vontade a outro, e na maioria
das vezes, mutuamente.
É claro que Kant não estava
preocupado com isto.
Mas é uma força poderosa e
instintiva que, talvez tenha a função de perpetuação da espécie, mas quando
descontrolada, pode levar a ruína e destruição como tenta alertar-nos Eurípides
em sua tragédia, onde a paixão renegada de Medéia leva-a vingança contra o
amado e a destruição de tudo que lhe era mais caro.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
terça-feira, 16 de setembro de 2014
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Encontro (sem F.B.)
Sempre busquei a poesia.
Em tudo que eu via,
em tudo que lia,
na forma como vivia.
Um dia, a poesia me encontrou...
Em tudo que eu via,
em tudo que lia,
na forma como vivia.
Um dia, a poesia me encontrou...
sábado, 6 de setembro de 2014
Pensar
Pensamento Deserto;
Pensamento Canteiro;
Pensamento Pântano;
Pensamento Poço;
Pensamento Floreira;
Pensamento Plano;
Pensamento Vértice;
Pensamento Parábola;
Pensamento Fechado;
Pensamento Aberto;
Pensamento Flexível;
Pensamento Puro;
Pensamento Lindo;
Pensamento Torto;
Pensamento Sujo;
Pensamento...
Pensamento Sujo;
Pensamento...
sábado, 23 de agosto de 2014
949 Somerset Ave, Brown City
Em um dia sombrio.
Em uma casa quieta.
Em uma cidade marrom.
Cinquenta anos passam.
Cinquenta lembranças ficam.
O tempo não retrocede.
Em uma casa quieta.
Em uma cidade marrom.
Cinquenta anos passam.
Cinquenta lembranças ficam.
O tempo não retrocede.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Inquietação
Samuel Butler, escritor britânico que viveu no século 19, escreveu: "Todos os animais, com exceção do homem, sabem que o principal objetivo da vida é usufruí-la".
É engraçado como nossa mente funciona. Ao ler este aforisma recordei-me de uma linda canção composta por Renato Teixeira e Almir Sater que se chama "Tocando em frente", e em um relance percebi que a resposta para muitas das perguntas existencialistas ou metafísicas do ser humano podem ser satisfeitas por uma poesia singela e uma canção despretensiosa. Assim, por um instante, acalmar a alma e trazer-nos paz e conforto.
Só como exemplo, encontramos na letra a ciência de nossa ignorância (Sócrates) e a potencialidade do homem a felicidade (Aristóteles). Escute você e faça a sua leitura, ou só deleite-se...
Só como exemplo, encontramos na letra a ciência de nossa ignorância (Sócrates) e a potencialidade do homem a felicidade (Aristóteles). Escute você e faça a sua leitura, ou só deleite-se...
Renato Teixeira e Almir Sater
Ando devagar por que já tive pressa
E levo esse sorriso por que já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Nada sei.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.
E levo esse sorriso por que já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Nada sei.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Winnipeg BBQ & Blues Festival 2014
Oito horas de música da melhor qualidade. Winnipeg BBQ & Blues Festival é um festival, pode se dizer, acanhado. A platéia, em sua maioria, já passou dos trinta anos mas é muito empolgada e não arreda pé até o último show. Até por que a qualidade dos músicos convidados para o festival é especial. Começando pelo último show do festival, tive o privilégio de assistir ao fantástico guitarrista e compositor Robert Cray, que com sua banda impediu que a platéia deixasse o local antes do último acorde, com direito a bis...
O show de Big Dave McLean (músico canadense) empolgou a todos e, além dos músicos consagrados, tivemos oportunidade de conhecer novos nomes despontando no cenário do blues, assim como Romi Mayes (nativa de Winnipeg) e os espirituosos The Harpoonist and Axe Murderer.
* Infelizmente havia perdido minha câmera neste dia, tive que usar uma emprestada, mas já a recuperei. Segue uma pequena amostra do que foi o festival. Enjoy!
Ainda: agradeço a paciência do meu filho, que curte metal e me acompanhou nesta jornada. Valeu.
Ainda: agradeço a paciência do meu filho, que curte metal e me acompanhou nesta jornada. Valeu.
domingo, 10 de agosto de 2014
terça-feira, 5 de agosto de 2014
4° Festival de Blues de Londrina
É um privilégio poder assistir uma das melhores (senão a melhor) Banda de Blues do sul do pais, ainda mais com uma canja fantástica do Blues Man JJ Jackson nascido no Arkansas, USA. Parabéns Kiko. Parabéns Acústico Blues Trio e a grande figura JJ Jackson.
Acústico Blues Trio
Acústico Blues Trio
domingo, 20 de julho de 2014
sábado, 19 de julho de 2014
Porcos e Homens
Não seria eu a discordar de Aristóteles. Vivendo na Pólis, somos seres políticos.
Em minha juventude tive a sorte de conhecer D. Inah
Pereira Ferreira, professora aposentada e responsável pela biblioteca da
associação dos professores de Pelotas, que além de grande amiga, tornou-se mentora, orientando
minhas leituras.
Um dos autores que me foi apresentado por ela e que causou um
profundo impacto foi George Orwell. O Grande Irmão do visionário "1984" e o
fantástico “A Revolução dos Bichos”, principalmente.
Poucos dias atrás fui surpreendido com uma notícia veiculada
nos jornais: ativistas de movimentos sociais (autênticos ou não) foram presos,
previamente, como forma de evitar possíveis manifestações que poderiam
atrapalhar o sucesso de um evento internacional que ocorria no pais.
Justifico
meu estranhamento.
Tenho a idade do golpe militar. Quando criança, percebia uma
sombra mal definida nas conversas políticas dos adultos. Mas desde que passei a
ter ciência da situação não me lembro de me deparar com notícia parecida. O que
impressiona é que já não consigo distinguir entre “Porcos e Homens”...
terça-feira, 15 de julho de 2014
Busca
O que esperas encontrar,
saltando abismos de escuridão,
saltando abismos de solidão.
Sinto uma saudade imensa
do que não vivi contigo.
Um amor tão grande
que sente tua falta
antes mesmo de partires.
saltando abismos de escuridão,
saltando abismos de solidão.
Sinto uma saudade imensa
do que não vivi contigo.
Um amor tão grande
que sente tua falta
antes mesmo de partires.
sábado, 5 de julho de 2014
Parceiro
Quando falo com Deus,
Ele brinca, zomba, tripudia.
E eu, às vezes preocupado,
exclamo: meu Deus!
A que Ele responde gracejante:
Quem? Eu?
E sorri matreiramente...
Somos próximos,
bem chegados.
Ele sempre sabe o que sinto,
como se eu fosse transparente.
Às minhas angústias e preocupações,
cochicha em meu ouvido:
espera, paciência, vai passar.
Sorri e continuamos a andar.
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Orfeu
Por que não me fiz mouco?
Quis conhecer tua'lma.
Segredos profundos e sombrios.
Porões, cantos escuros, todos temos.
Levar luz as trevas.
Olhar pela janela dos teus olhos.
Sondar o pântano das emoções.
Conhecer e aceitar é dado a poucos.
Desvelar e encarar sem perecer.
Rasga-me o peito e toma-me o coração.
Quis conhecer tua'lma.
Segredos profundos e sombrios.
Porões, cantos escuros, todos temos.
Levar luz as trevas.
Olhar pela janela dos teus olhos.
Sondar o pântano das emoções.
Conhecer e aceitar é dado a poucos.
Desvelar e encarar sem perecer.
Rasga-me o peito e toma-me o coração.
sábado, 28 de junho de 2014
Grécia , Filosofia e Futebol
O assunto do momento é Copa do
Mundo. E o que isso tem haver com filosofia? Talvez o fato da Grécia estar
classificada para as oitavas de final...
Mas outros fatos chamam a
atenção. Já na primeira partida houve um lance onde o juiz foi induzido ao erro
pela simulação de um dos jogadores brasileiros. Certo, trata-se de uma partida
de futebol e "isso faz parte do jogo", mas a relevância aumenta
quando isso é transmitido para o planeta inteiro e o comentário dos
especialistas exalta a atitude como um ato de esperteza.
Em outra partida um jogador, em
um momento de desequilíbrio emocional, aplica uma mordida no ombro do adversário.
Ação injustificável, mas, considerando nossa condição humana, compreensível. O que
é difícil de aceitar é que o chefe da nação a qual o jogador
"mordedor" representa trata-lo como um herói nacional. Afinal seu ato
pode ter comprometido o futuro da sua equipe, além de ser repreensível.
Culturalmente a mensagem que fica
é: quando algo importante está em jogo, qualquer artifício é válido para
vencer. Pela força das imagens e pelo calor das emoções, subliminarmente
passamos a aceitar tais atitudes. Posteriormente recorremos ao exemplo quando
necessitamos justificar-nos em uma situação parecida, isto é, de disputa.
Tudo bem, trata-se apenas de uma
partida de futebol e nenhuma vida está em risco. Mas o exemplo permanece.
quarta-feira, 25 de junho de 2014
domingo, 15 de junho de 2014
Promessa
Te esperaria todas as noites
com uma taça de vinho,
uma sopa quentinha.
Um solo de violoncelo,
um abraço apertado
e um beijo molhado.
com uma taça de vinho,
uma sopa quentinha.
Um solo de violoncelo,
um abraço apertado
e um beijo molhado.
domingo, 8 de junho de 2014
Esfinge
Somente para quem tem olhos
pra ver que a chama está acesa
o mundo é uma grande interrogação.
Responda quem quiser.
Prefiro continuar perguntando...
pra ver que a chama está acesa
o mundo é uma grande interrogação.
Responda quem quiser.
Prefiro continuar perguntando...
quarta-feira, 4 de junho de 2014
quarta-feira, 28 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
À Deriva
Toda
a convicção não se sustenta!
Afinal,
Heráclito estava certo, somente existe o "Devir".
O
mundo encontra-se em constante transformação.
Mergulhado no oceano do Universo, banhados pela Via Láctea, nunca ocupamos o mesmo lugar no firmamento.
Viajando
através do espaço, rumo a um destino ignorado.
Difícil
lidar com a ideia.
Faz sentido a necessidade do ser humano em desvendar o seu futuro. I ching, tarô, horóscopo, tentativas de encontrar no caos, uma direção.
Não
seria mais sensato olhar para nosso interior e tentar encontrar a nós mesmos?Faz sentido a necessidade do ser humano em desvendar o seu futuro. I ching, tarô, horóscopo, tentativas de encontrar no caos, uma direção.
domingo, 18 de maio de 2014
quinta-feira, 15 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
domingo, 11 de maio de 2014
Amyr
Recordo
uma história que ouvi, relato da forma que lembro, mas serve para ilustrar o
que pretendo expor.
Dizem
que em uma viagem a Portugal a escritora Rachel de Queiroz já conhecida, pois
publicava desde os 19 anos, conseguiu agendar uma entrevista com Fernando Pessoa,
de quem era admiradora e sabia que Pessoa também nutria admiração por sua
obra. Eufórica, Rachel preparou-se para o encontro, mas horas antes, recebeu um
recado do poeta lusitano com os seguintes dizeres: "Desculpe mas prefiro
não encontra-la, nunca gostei de um escritor que tenha conhecido".
Compreendo
a decepção de Rachel, mas entendo a precaução de Pessoa.
Costumo
ter a mesma sensação. Uma vez isto também me ocorreu.
Costumava seguir a coluna de um conhecido escritor em um jornal de circulação regional. Através de sua prosa viajava para lugares e partilhava emoções que me eram caras. Tinha grande admiração pela obra do escritor até conhecê-lo.
Costumava seguir a coluna de um conhecido escritor em um jornal de circulação regional. Através de sua prosa viajava para lugares e partilhava emoções que me eram caras. Tinha grande admiração pela obra do escritor até conhecê-lo.
Quando
a oportunidade apareceu, decepção: era um baita chato.
Nunca mais consegui ler sua coluna ou seus livros. Pena...
Nunca mais consegui ler sua coluna ou seus livros. Pena...
A
maioria dos ídolos que persistem, morreram antes de decepcionar-nos. Marilyn,
James Dean, Ayrton Senna, Che Guevara, se vivessem o bastante, talvez não os
admirássemos tanto. Fidel participou da mesma luta ao lado de Che e não vejo
tantas camisetas com fotos dele, pelo menos fora de Cuba.
Mas
as regras existem pelas exceções.
Mais
uma vez tive a oportunidade de assistir a uma palestra com o navegador Amyr Klink. Acompanho seus feitos desde a travessia do Atlântico em um barco a remo.
Considero-o
como um modelo de "homem sábio".
Sábio
por sua coerência, a determinação em viver conforme suas palavras, um mapa
para suas atitudes. Uma incrível percepção
da realidade ao seu redor, das limitações do ambiente e capacidade para
resolver problemas complexos por meio de soluções simples.
Assim
como nos escritos do filósofo Henry Thoreau. Em suas obras procuro alento e orientação para
as situações em que me encontro confuso ou desorientado e nunca me decepcionei.
Em
passagens que falam em enfrentar vagas de metros de altura no lugar de se
submeter a calmarias ou das caminhadas pelas inóspitas florestas as margens do
lago Walden sempre se encontra a experiência que orienta, qual um farol, o
caminho do navegador ou do caminhante.
Afinal,
esta vida é uma viagem, não?
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